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ABIC apresenta Indicadores da Indústria - Consumo Interno 2021


A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) realizou uma coletiva de imprensa nesta tarde. Os participantes foram o presidente da ABIC, Ricardo Silveira, o diretor executivo, Celírio Inácio da Silva e Giuliana Bastos, do São Paulo Coffee Hub. O encontro apresentou os Indicadores da Indústria – Consumo Interno 2021 e, também, a pesquisa “A identificação do perfil do consumidor de café que busca por qualidade”. O estudo é o maior já realizado sobre consumo de café no Brasil, contando com 5.460 apreciadores participantes e mais de 180 mil respostas.


A pesquisa apontou três públicos destintos: o público geral, os entusiastas e os especialistas. O grupo majoritário foi o público geral, que consome café tradicional e não conhece muito sobre o universo dos cafés especiais, correspondendo a 83% dos participantes. Apesar disso, todos os públicos associam a bebida a lembranças positivas, se preocupam com sustentabilidade e tem o aroma como a característica mais relevante na bebida.


Além disso, o encontro mostrou dados sobre o crescimento do mercado, a alta dos preços, resultados sobre compras no varejo e discutiu as expectativas para este ano, que são as melhores diante da superação do mercado em 2021.


O aumento do preço do café nas gôndolas é perceptível, já que o café torrado e moído apresentou um crescimento de 52%. Além disso, a média ponderada dos insumos do café (incluindo matéria prima, embalagem, energia elétrica, óleo diesel, gasolina, etc) aumentou 107,3% no período analisado.


Apesar disso, a alta dos preços do produto não chegou a se tornar um fator de impedimento para o consumo. Em 2021, o total de café consumido foi de 20.558.080, apresentando um crescimento de 1,58%. De acordo com o presidente da ABIC, Ricardo Silveira, o consumidor tende a diminuir seu consumo no primeiro momento, mas, posteriormente, ele percebe que a diminuição impacta pouco no seu orçamento. "O café corresponde a 2,5% do salário mínimo. Então, têm vários outros produtos que interferem mais na compra do consumidor", pontua. Ricardo também destaca que o cenário é um pouco melhor do que há seis meses atrás e, por mais que o crescimento seja pequeno, é uma grande conquista diante das dificuldades enfrentadas no ano passado.


Outro fator curioso foi o aumento das certificações de qualidade. Como apresentado pelo diretor executivo, Celírio Inácio, durante a coletiva, as certificações de alta qualidade cresceram 51% nos últimos cinco anos. Dessa forma, podemos concluir que o consumidor também tem procurado um produto de maior qualidade na hora de preparar a sua bebida.


O encontro mostrou como, apesar das dificuldades e distinções de consumo, o café continua sendo um produto bastante presente nas experiências dos compradores. Seja no consumo de café tradicional ou nas degustações de cafés especiais, a bebida tem uma representatividade muito forte e positiva para os brasileiros.



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