O café possui dimensões continentais. Por isso, pode ser encontrado em diferentes variedades, qualidades e, consequentemente, modos de preparo. Dentre esses tipos, está o café de cambona, receita típica do Rio Grande do Sul que era muito reproduzida pelos mascates e, posteriormente, pelos gaúchos. Ao montarem um acampamento, um dos mascates era selecionado para fazer o café, enquanto outros faziam mate ou buscavam lenha.
A bebida era preparada em uma cambona, utensílio de lata parecido com uma chaleira, também conhecida como chiculeteira. A água era colocada para ferver dentro do recipiente, depois retirada do fogo, e em seguida eram adicionadas duas colheres de café. A bebida era mexida com alguma faca ou colher até o pó se dissolver todo, enquanto a cambona retornava para a fogueira.
Quando a mistura alcançava a fervura novamente, a cambona era retirada e adicionava-se um pedaço de madeira em brasa. Isso provocava ebulição na bebida, que se mantinha assim por alguns segundos.
De acordo com os degustadores, o café de cambona tem um aroma forte e agradável. Os perfumes e os aromas da bebida variam de acordo com o tipo de madeira que é adicionado.
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