A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) aponta que, mesmo em meio à pandemia, o estado registrou o maior volume exportado para a história de Minas, com 12,7 milhões de toneladas, e a segunda maior receita, chegando a US$ 8,7 bilhões. A receita, que representou 33,2% de todas as vendas externas mineiras, ano passado, só ficou atrás do resultado de 2011, quando o valor foi de US$ 9,71 bilhões. Houve aumento de 23,2% e 10,4%, respectivamente, em comparação com 2019, quando o volume foi de 10,3 milhões de toneladas e a receita de US$ 7,84 bilhões. O estado exportou seus produtos para 172 países, sendo os principais compradores a China, seguida dos Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.
Segundo a Assessora Técnica da Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária, da Seapa, Manoela Teixeira de Oliveira, a alta do dólar e a grande oferta em volume das commodities pelo estado influenciaram nessa boa performance. Ela afirmou que vários produtos mineiros contribuíram para esse bom resultado, como, por exemplo, o café, a soja e as carnes.
Para o Superintendente de Economia e Inovação Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo, os números positivos em um ano turbulento mostram a eficiência do estado, que conseguiu abastecer sua população e, ainda, os mercados externos. Para ele, os bons resultados são consequência do investimento a longo prazo na pesquisa agropecuária, na assistência técnica ao produtor rural e na defesa agropecuária.
A cafeicultura apresentou melhor performance desde 2014
Em 2020, o café e seus derivados foram os itens mais comercializados, com US$ 3,83 bilhões e mais de 25 milhões de sacas embarcadas. Os índices indicaram a melhor performance das exportações, tanto no valor quanto no volume, desde 2014. Os valores foram puxados pelo aumento da demanda de tradicionais compradores do estado: Alemanha, Estados Unidos e Bélgica.
Entretanto, nos meses de agosto, setembro e outubro, a cafeicultura mineira sofreu com a falta de chuva e com as temperaturas elevadas, que aliadas ao fato de as lavouras estarem desgastadas devido à alta carga da safra passada, farão com que 2021 seja de recomposição para os produtores, o que já era esperado em razão da bienalidade negativa do ano.
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