O 3º Levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que Minas Gerais deve alcançar um novo recorde na produção de cafés para a safra 2020/2021. O volume estimado é de 33,5 milhões de sacas.
Caso isso se confirme, a produção vai superar as 33,4 milhões de sacas de 2018, considerada recorde da produção mineira.
Segundo o assessor especial de Cafeicultura da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Niwton Morais, os dados são compatíveis com a estimativa apresentada pela Conab em janeiro. “Esse crescimento na produção é decorrente da bienalidade típica da cafeicultura, que é a alternância entre uma safra alta ou cheia e uma safra baixa. A safra atual se caracteriza pela bienalidade positiva e essa variação é bastante consistente com a expectativa que se tinha. Além disso, as condições climáticas foram favoráveis e não faltou chuva nas principais regiões produtoras, garantindo a qualidade da produção”, explica.
Para Niwton, o volume recorde da produção mineira não deve causar impactos em termos de redução significativa de preço. “Os estoques mundiais de café estão num patamar muito baixo e é possível que se mantenham nesse nível por mais um tempo porque, ainda que a safra brasileira deste ano seja bastante alta, a safra mundial não será tanto. O que se espera é que a reposição de estoque não será grande a ponto de causar uma redução importante no preço”, analisa.
A produção do café arábica é predominante no estado, respondendo por 99,1% da safra. O Sul de Minas (Sul e Centro-Oeste) é a principal região produtora, com 54,4% do total de café produzido no estado. A produção da região, nesta safra, deve alcançar 18,2 milhões de sacas, com crescimento de 30,3% em relação à safra anterior.
As informações são da Seapa MG.
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